29 anos de um título inesquecível





Quando os anos 1970 acabaram, o Internacional havia conquistado 7 títulos gaúchos e três brasileiros, sendo um deles invicto. E o Grêmio? Havia conquistado apenas três estaduais (1977,79 e 80) e só. Imagina para a cabeça de um gremista tal situação, as gozações. O Internacional já era um "gigante" nacional, e o Grêmio era um time razoavelmente conhecido, mas sem a magnitude do rival nacionalmente falando.


A coisa só começou a mudar a partir de 1981, quando o Grêmio conquistou o Brasileirão daquele ano, acontecendo aí a sua arrancada para conquistar a América e o Mundo dois anos depois, em 1983. O "Imortal" tornou-se vice-campeão brasileiro em 1982, o que “carimbou” a sua passagem para a Libertadores de 1983. Sagrou-se campeão da Libertadores em 1983 ao derrotar o fortíssimo Peñarol no Olímpico em Porto Alegre.


Nunca vou me esquecer daquele 11 de dezembro de 1983 quando vi na Tv Globo, com o meu pai, à meia noite, direto do Estádio Olímpico de Tóquio, no Japão, a decisão da Copa Intercontinental, o equivalente na época ao Mundial de Clubes de hoje, quando o campeão europeu enfrentava o campeão sul-americano. O Grêmio bateu o Hamburgo em 2 a 1. Os alemães eram os favoritos, o Hamburgo era uma das bases da seleção alemã e havia derrotado na decisão da Liga dos Campeões da Europa a poderosa Juventus que era uma “máquina” com ídolos da Copa de 1982 como o francês Platini, o polonês Boniek e os italianos Paolo Rossi - carrasco do Brasil naquela Copa - e Dino Zoff. Imagina o que o Grêmio poderia esperar.


O Grêmio surpreendeu, derrotou com dois gols antológicos de Renato Gaúcho, ajudando o "Imortal" a ser campeão. Aquele título foi de fundamental importância para colocar o Grêmio no mesmo patamar do Inter nacionalmente. Se já era ao conquistar a Libertadores naquele mesmo ano, título que o Inter não tinha, a Copa Intercontinental foi a consolidação de tal condição.


Parabéns, "Imortal', parabéns a todos os gremistas do planeta.

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