Everaldo - a estrela dourada do Grêmio
Uma caricatura em homenagem a um dos maiores ídolos da história do Grêmio, Everaldo Marques da Silva ou simplesmente Everaldo. Se vivo estivesse, ele teria feito no último 11 de setembro, 70 anos.
Oriundo das categorias de base do Grêmio, Everaldo atuou como lateral-esquerdo. Sua eficiência na posição garantiu a sua convocação para Seleção Brasileira para a Copa de 1970, no México. Foi para a Copa como reserva de Marco Antônio, do Fluminense, mas com esforço e determinação, acabou ganhando a posição de titular naquele mundial. Voltou para o Brasil e para Porto Alegre como herói, onde desfilou em carro aberto pelas ruas da capital gaúcha. Pouco depois, o Grêmio o homenageou com uma estrela dourada inserida na bandeira do clube, com direito a uma cerimônia que contou com a presença do Everaldo. Até hoje, passados mais de 40 anos, a estrela dourada está presente em todas bandeiras do Grêmio.
Lamentavelmente, em 27 de outubro de 1974, pouco mais de um mês após ter completado 30 anos, Everaldo faleceu num desastre de automóvel na BR-290, em Arroio dos Ratos, interior do Rio Grande do Sul, num choque entre o seu carro e um caminhão carregado de arroz. Morreram também no acidente a sua esposa e uma de suas filhas. O carro que dirigia, um Dodge Dart, foi um presente que ganhou de uma concessionária de de Porto Alegre pela conquista do tricampeonato em 1970 pela Seleção Brasileira.
Everaldo sempre foi lembrado como um símbolo da superação ao preconceito racial no Grêmio, "mancha" essa que parece ser um caso mal resolvido entre o clube e uma parcela racista travestida de torcedores. No episódio recente envolvendo torcedores do Grêmio em ofensas racistas ao goleiro Aranha, do Santos, Everaldo é sempre lembrado como a imagem e a resposta ao racismo desses torcedores intolerantes.
Por mais que eles não queiram, negros como Everaldo deixaram o seu legado na história do Grêmio. A estrela dourada presente na bandeira do clube é muito mais que uma homenagem ao grande Everaldo, é também um símbolo da luta, da resistência contra o racismo. E para desespero dos intolerantes,outros tantos negros brilhantes como Everaldo virão para ajudar a escrever novos capítulos da história no "Imortal Tricolor".
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