He-Rui no Reino de Bahiérnia


Confesso que ainda não consegui entender na campanha de Rui Costa, candidato do PT para o governo da Bahia, o propósito do "Força de Lula". Já havia comentado aqui no Facebook, dias atrás sobre isso. Fiz esta charge para o portal Charge Online satirizando esse assunto. A presença de Lula no horário eleitoral do PT baiano como personagem importante na história do partido e como ex-presidente da República dando apoio aos candidatos, é válida, mas para por aí. O problema é o superdimensionamento que estão dando a ele, em detrimento de Dilma, candidata a reeleição para presidente da República pelo mesmo PT. A impressão que tenho, é que o PT baiano parece estar na campanha das eleições de 2002 e 2006, quando Lula era candidato a presidente e tentava a reeleição respectivamente.

Não sou “marqueteiro” político, não sei se o meu pensamento está ou não equivocado, mas esse apego meio “religioso” ao “Força de Lula” não entra na minha cabeça. Pela lógica, ela vencendo e Rui também, haveria uma grande parceria entre ambos, o que traria, teoricamente, grandes benefícios para a Bahia. E acho que isso, a meu ver, está sendo pouco explorado na campanha. Está se focando muito no “mito” Lula e esquecendo o real e “aqui e agora” de Dilma. É ela quem terá, caso ganhe, a caneta para liberar os recursos necessários para um Rui governador, não Lula.

O PT baiano se apega ao “Força de Lula” com o intuito de transferir votos para os seus candidatos em todas as esferas. Porém, acaba não passando para o eleitor baiano que o próprio partido não confia em Dilma. O eleitor pode pensar o seguinte: “Se o partido não acredita nela, por que eu acreditaria?” Essa coisa do “Força de Lula” pode ser um “tiro no pé”. Não estamos em 2002 e nem em 2006. A pesquisa do IBOPE divulgada hoje, a primeira após a morte de Eduardo Campos,e uma prova disso e traz surpresas desagradáveis para Aécio e para Dilma com o crescimento de Marina Silva no cenário nacional das eleições. Depois dessa "surpresa", será que o PT baiano ainda vai ficar com o “mantra” “Força de Lula" ou vai mudar o discurso e tentar convencer o eleitor que Dilma também tem “força”?

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